Confira quais são as tecnologias do futuro que já estão em desenvolvimento.
Há um sério problema entre a mente dos humanos e das máquinas: elas não conseguem interagir diretamente uma com a outra. Nós precisamos usar nossas mãos, teclado e mouse para emitir comandos aos nossos servos robotizados, e eles só podem responder por meios sensoriais. Mas podemos fazer melhor: podemos usar nossas mentes para tanto. Na verdade, já usamos.Em cada minuto do dia, seja acordado ou dormindo, seu cérebro dispara milhões de minúsculas cargas elétricas entre os neurônios, à medida que processa seus pensamentos e sensações. Cada um destes pensamentos ativa diferentes regiões do cérebro em padrões específicos, que podem ser detectados através do seu crânio e couro cabeludo por meio de um eletroencefalograma (EEG).O EEG tem o potencial de mudar radicalmente as nossas interações com máquinas, dando-nos uma espécie de telepatia digital com tudo: desde brinquedos para crianças até equipamentos militares. Considere este o primeiro passo rumo à singularidade.
Lendo a mente por diversão (e dinheiro)
O cérebro humano é um órgão imensamente complexo, e a maioria de suas funções ainda permanecem um mistério para a ciência médica. Mas enquanto o EEG só exibe as oscilações globais de atividade cerebral, ela ainda é uma ferramenta médica valiosa, e um produto de consumo cada vez mais popular.O EEG se tornou um recurso fundamental para o diagnóstico de vários distúrbios neurológicos, tais como a epilepsia; quem sofre com isso faz o EEG mostrar uma leitura fora do normal. Além disso, o EEG é rotineiramente usado para determinar o nível de coma de um paciente (assim como existem diferentes profundidades do sono, existem diferentes níveis de coma); ou se um paciente realmente sofreu morte cerebral.E graças a avanços técnicos recentes, que reduziram o número de conexões necessárias de quase 20 para até uma, a tecnologia EEG cresceu rapidamente – inclusive fora da comunidade médica. Cada vez mais, ela entra no mercado de eletrônicos de consumo. Dispositivos como o Neurosky Mindwave, o Emotiv EPOC, o Interaxon Muse e até o Necomimi Brainwave Cat Ears realizam as mesmas tarefas básicas dos seus correspondentes hospitalares (ainda que de forma bem menos refinada), e transformam a mistura de ondas cerebrais em comandos. O Necomimi, por exemplo, são orelhas de gato que respondem ao seu humor: elas ficam apontadas para cima em picos de ondas beta, mas abaixam quando as ondas alfa dominam.